Caso Payet: MPRJ opina a favor de medidas para proteger advogada do jogador do Vasco, mas caso vai para a Justiça do Paraná

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Larissa Ferrari diz que vai recorrer da decisão de remeter processo para o Sul. Advogada tinha caso com o francês e o acusa de agressões. Ele nega crimes e diz que tudo era consensual. Mulher acusa Payet de violência e mandou fotos das supostas marcas pelo corpo Reprodução O Ministério Público do Rio (MPRJ) se manifestou a favor das medidas protetivas a favor da advogada Larissa Natalya Ferrari, de 28 anos, contra o jogador do Vasco Dimitri Payet, a quem ela acusa de agressões. O atleta nega (entenda o que os dois dizem abaixo). Apesar da manifestação, o MP também declina competência por entender que os supostos crimes aconteceram no Paraná, onde ela morava. Em decisão de quinta-feira (8), o 7º Juizado da Violência Doméstica declinou da competência e remeteu o processo para o Juízo de União de Vitória (PR). A defesa de Larissa afirmou que recorreu da decisão de remeter o caso para o Paraná. Em nota, o advogado Pedro Pontes se disse preocupado com a decisão e com o fato de a "vítima estar desassistida" enquanto isso (veja a íntegra da nota no fim da reportagem). A advogada Sheilla Lustoza, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que respeita a decisão da Justiça e ressalta que considera o pedido "desnecessário porque Dmitri jamais se aproximaria da peticionaria nem imporia qualquer risco, portanto, à sua integridade física ou emocional". A defesa "mais uma vez lamenta o vazamento de conteúdo de processo sob segredo de Justiça". As acusações de Larissa Larissa é torcedora do Vasco e começou a trocar mensagens com Payet em redes sociais. O atleta, que é casado há 18 anos tem 4 filhos, mora sozinho no Rio – a família ficou na França. Os dois iniciaram um relacionamento extraconjugal no ano passado, mas a advogada acusa Payet de iniciar uma série de humilhações e agressões físicas, psicológicas e sexuais após crises de ciúmes. Em depoimentos dados às polícias do Rio e do Paraná, a advogada disse que as agressões foram deixaram marcas em seu corpo e que ele a obrigou a beber urina. Larissa diz sofrer de transtorno de personalidade Borderline, caracterizado por flutuações bruscas de humor e hipersensibilidade nas relações pessoais. Ela afirma que o jogador sabia da condição e se aproveitou disso. "Dimitri sabia da minha paixão e de problemas psicológicos, usando isso contra mim. Dimitri me convenceu a colocar minha cabeça no lixo, no vaso sanitário, me fez tomar minha própria urina e outras bizarrices sexuais", contou a mulher. Violência contra mulher: como pedir ajuda O que diz Payet Em seu depoimento, Payet admitiu as práticas e afirmou que eram consensuais e foram propostas por Larissa, que segundo ele nunca o contou que sofria de qualquer transtorno. Em relação às supostas agressões relatadas pela advogada e aos hematomas apresentados em fotos anexadas ao inquérito (veja no fim da reportagem), o jogador afirmou que as marcas foram resultado de práticas consensuais durante relações sexuais. Entre os episódios mencionados, o jogador afirmou que Larissa solicitava tapas durante o ato sexual, o que, segundo ele, teria ocasionado as marcas em seu corpo. O jogador mencionou ainda que os dois utilizavam cadeiras de madeira durante as relações sexuais e que, devido à pele muito clara de Larissa, qualquer pressão, mesmo que leve, também resultava em marcas visíveis. Com a proximidade do fim de seu contrato com o Vasco, no meio do ano, Payet relatou que a advogada sugeriu que os dois mantivessem o relacionamento na França, sob a condição de que ele custeasse todas as despesas — proposta que, segundo o jogador, foi recusada por ele. A partir daí, segundo ele, o comportamento da advogada mudou e os dois não se encontraram mais. Ele contou ainda que Larissa mandou mensagem no dia de seu aniversário, mas como ele não respondeu, teria dito que se ele não entrasse em contato em 4 horas iria expor os seus "segredos". O jogador afirmou que, logo depois, foi surpreendido pelos registros de ocorrência feitos pela advogada, nos quais ele é acusado de violência. O que diz a defesa de Larissa Veja a íntegra da nota assinada por Pedro Pontes, do escritório Jorge Vacite Neto Advogados: "A defesa da Sra. Larissa vem, por meio desta, manifestar profunda preocupação com a recente decisão judicial que determinou novo declínio de competência ao Tribunal de Justiça do Paraná — o segundo no curso deste processo —, enquanto a vítima segue desassistida quanto ao seu legítimo pleito por medidas protetivas de urgência. A decisão em questão desconsidera um vasto arcabouço probatório já constante nos autos, que comprova, de forma clara e inequívoca, que a Sra. Larissa transferiu sua residência para o Rio de Janeiro no início de fevereiro, onde se encontra empregada e estabelecida. Tal circunstância era de pleno conhecimento do Sr. Dimitri, com quem mantinha comunicações frequentes sobre sua mudança, como devidamente demonstrado no processo. Infelizmente, diante das violências sofridas e das ameaças proferidas pelo agressor, a vítima, temendo por sua integridade física, precisou retornar às pressas à sua cidade natal, sem sequer recolher seus pertences pessoais do imóvel em que vivia — situado nas proximidades da residência do agressor. O temor é real, concreto e respaldado pelas provas apresentadas. Se, como afirma, o Sr. Dimitri não deseja manter contato com a Sra. Larissa, não há qualquer justificativa razoável para a não concessão das medidas protetivas pleiteadas, cujo único objetivo é garantir o mínimo de segurança, dignidade e liberdade à vítima. Diante dessa situação, recorremos da decisão e reiteramos nossa confiança na Justiça e no respeito ao ordenamento jurídico, em especial à Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que, em seu artigo 3º, assegura às mulheres o exercício efetivo de direitos fundamentais, como o direito à vida, à segurança, à dignidade, à liberdade, ao respeito e ao acesso à Justiça. Seguiremos vigilantes, comprometidos com a defesa dos direitos da Sra. Larissa e de todas as mulheres que enfrentam a violência de gênero em nosso país." Veja abaixo imagens em que Larissa mostra marcas no corpo: Larissa Natalya Ferrari mostra hematomas após suposta agressão Reprodução/Redes sociais Larissa Natalya Ferrari mostra hematomas após suposta agressão Reprodução/Redes sociais Larissa Natalya Ferrari mostra hematomas após suposta agressão Reprodução/Redes sociais

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/05/09/caso-payet-mprj-opina-a-favor-de-medidas-para-proteger-advogada-do-jogador-do-vasco-mas-caso-vai-para-a-justica-do-parana.ghtml


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